Mesmo enfrentando embargos, carne de frango mantém-se entre os 10 principais produtos da pauta cambial brasileira
- AVIMIG

- 17 de jul.
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O cambaleante andar das exportações brasileiras de carne de frango a partir do momento em que foi confirmada (maio passado) a ocorrência de um foco de IAAP na avicultura comercial afetou, também, a captação de divisas do setor. Mas não o suficiente para tirar esse item do grupo de 10 principais produtos exportados pelo Brasil, no qual se encontra há décadas.
É verdade que o setor encerrou o 1º semestre de 2025 obtendo uma receita cambial menos de 2,5% superior à do mesmo semestre do ano passado, índice bastante inferior aos 13,29% de aumento registrados no fechamento do 1º quadrimestre (isto é, antes do episódio de IAAP).
Ainda assim, a carne de frango acabou colocada entre os quatro produtos com aumento de receita no período, gerando valor que a manteve no mesmo 10º lugar de um ano atrás.
Com tal desempenho, a participação da carne de frango na receita cambial brasileira aumentou 3,11% no semestre, passando de 2,54% no ano passado para 3,11% em 2025. Uma vez que as exportações ainda não se regularizaram e a receita obtida mensalmente permanece aquém da alcançada há um ano, ocorre perguntar se a carne de frango corre o risco de, nestes próximos meses, não mais integrar o grupo dos “10 mais”, no qual está presente há tempos.
À primeira vista a resposta é “não”, pois conforme dados divulgados pela SECEX/MDIC, o item com receita mais próxima da carne de frango está representado pelos automóveis de passageiros, cujas exportações no 1º semestre de 2025 geraram receita de US$2,914 bilhões, cerca de um terço a menos que a receita da carne de frango. Ou seja: a distância entre um e outro produto é significativa.
A ressalvar que, nos presentes dados, são consideradas apenas as exportações de carnes in natura (não só a de frango, mas também a bovina). Para as exportações de frango totais (isto é, incluindo industrializados e a carne salgada, classificada separadamente) a SECEX/MDIC informa receita de pouco mais de US$4,760 bilhões (aumento anual de 4,5%), valor que coloca o produto à frente do farelo de soja e, portanto, na 9ª posição.
Fonte: AviSite
Autor: Redação









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