Espanha proíbe criação de aves ao ar livre por avanço da gripe aviária
- AVIMIG

- há 2 dias
- 2 min de leitura
A Espanha anunciou nesta quinta-feira (6/10) que, a partir da próxima segunda-feira (10/11), estará proibida a criação de aves ao ar livre, em decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca. O aumento do risco de gripe aviária já levou diversos Estados-membros da União Europeia a adotar medidas de confinamento de aves domésticas.
A restrição espanhola, de caráter preventivo, foi decretada após o registro de 139 focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas, 708 em aves silvestres e 33 em aves cativas na União Europeia, entre 1º de julho e 5 de novembro, segundo dados do Animal Disease Information System (ADIS), da União Europeia citados pela rede espanhola RTVE.
Especialistas apontam que o aumento dos casos coincide com a migração das aves durante o outono, período em que o risco de disseminação da doença tradicionalmente se eleva.
Entre as novas regras espanholas, além da proibição da criação ao ar livre, está o veto ao fornecimento de água proveniente de reservatórios acessíveis a aves silvestres e a exigência de proteção de depósitos externos.
Também não será permitida a presença de aves domésticas em feiras, exposições agropecuárias ou eventos culturais, exceto se avaliações de risco apresentarem resultado favorável. O governo orientou ainda ações de vigilância e conscientização no restante do território, segundo informações da RTVE.
A decisão espanhola ocorre em meio à ampliação das restrições sanitárias na Europa. Os surtos atuais têm sido mais numerosos do que no mesmo período do ano passado, com 688 até o início de novembro, ante 189 em 2024.
A Espanha contabiliza 14 focos em aves domésticas, 68 em aves silvestres e cinco em aves cativas. Os números colocam o país atrás da Alemanha, que lidera os registros, com 59 surtos em aves domésticas, 306 em silvestres e seis em cativas, seguida por Polônia e Itália.
A Irlanda confirmou nesta quarta-feira (5/11) seu primeiro foco em três anos e ordenou o confinamento de todas as aves domésticas. A França, que enfrentou surtos severos entre 2021 e 2022, adotou medidas semelhantes em outubro, seguida pelo Reino Unido, Holanda e Bélgica.
A Polônia, maior produtora de aves da União Europeia, ocupa o segundo lugar em número de casos (15 surtos), mas até o momento não decretou confinamento obrigatório.

Fonte: Globo Rural







Comentários