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Preços dos ovos têm menor cotação no mercado interno em dois anos; exportações cresceram mais de 150%

Os preços dos ovos registraram novas quedas nesse início de ano, atingindo a menor cotação em dois anos, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP. Segundo os analistas, a baixa é resultado da maior oferta do produto internamente e do enfraquecimento das vendas.


A variação negativa alcança 3,26% entre os valores dos ovos vermelhos e 1,14% entre os preços dos ovos brancos nas regiões acompanhadas pelo Cepea no último dia 12 de janeiro.


Outro motivo pode ser o calor que impactou diretamente a produção e a venda de ovos na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea em setembro de 2023. O estresse térmico levou à morte de centenas de galinhas. Em Bastos, no interior de SP, produtores relataram a morte de até 400 galinhas por dia no período, segundo o Cepea.


Em contrapartida, levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de ovos (incluindo produtos in natura e processados) encerraram 2023 com 25,4 mil toneladas embarcadas, número que supera em 168,1% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 9,5 mil toneladas.


Em receita, a alta registrada em 2023 é ainda maior, chegando a 182% em relação a 2022. Ao todo, foram arrecadados US$ 63,2 milhões em 2023, contra US$ 22,4 milhões no ano anterior.


Em dezembro, as exportações de ovos do Brasil totalizaram 947 toneladas, número 119,5% maior que o total registrado no mesmo período de 2022, com 431 toneladas.


Com estes embarques, o setor obteve receita de US$ 2,5 milhões no mês, desempenho 93,3% superior ao US$ 1,3 milhão registrado no ano anterior.

O Japão foi o grande comprador internacional dos ovos produzidos no Brasil, com total de 10,3 mil toneladas em 2023 – número 848,5% superior ao registrado no ano anterior. Em seguida estão Taiwan, com 5,3 mil toneladas no ano (sem dados comparativos em 2022) e Chile, com 2,8 mil toneladas (+1.302,3%).


“O expressivo aumento do volume exportado de ovos em 2023, respaldado pela biosseguridade da produção nacional frente à ausência de Influenza Aviária no país, encontrou destino em nações de elevados critérios sanitários, o que destaca a confiança desses países no trabalho executado pelas empresas brasileiras e pelo poder público para a preservação de nosso status sanitário”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.



Fonte: Itatiaia

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