Diante do momento preocupante que vive o mundo com relação à disseminação da Influenza Aviária (IA), e para que a doença nunca atinja o Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), por meio do presidente Ricardo Santin, faz um alerta a todos os avicultores, para que tomem os cuidados necessários para se evitar a doença.
Segue abaixo o texto na íntegra divulgado pela ABPA:
“Somos livres de Influenza Aviária e assim continuaremos a ser. Entretanto, como todos já devem ter acompanhado pelo noticiário, redes sociais e grupos de Whatsapp, há um quadro sensível de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no território sul-americano, desencadeado desde o fim de outubro.
Peru e Equador declararam emergência sanitária. Colômbia também registrou focos já controlados. Aves migratórias acometidas pela enfermidade alcançaram as regiões. Houve infecção em criatórios comerciais de postura no Peru.
Reitero, o Brasil, como todos sabemos, nunca foi acometido por essa doença – e com os esforços de todos, pretendemos nunca enfrentá-la.
Neste sentido, a ABPA, por decisão de seu conselho consultivo, informa que os protocolos de biosseguridade setorial foram ajustados. A partir de agora, a ABPA recomenda fortemente a SUSPENSÃO DE VISITAS À ÁREA PRODUTIVA das propriedades, INDEPENDENTEMENTE DE CUMPRIMENTO DE VAZIO SANITÁRIO. A recomendação é válida para todos, brasileiros ou estrangeiros – a exceção é, exclusivamente, a quem trabalha diretamente e unicamente na granja da propriedade em questão, como pessoas relacionadas diretamente com a atividade.
Em breve, a ABPA encaminhará o protocolo de biosseguridade atualizado.
Ao mesmo tempo, é fundamental que todos disseminem a campanha de conscientização para a prevenção à Influenza Aviária. Os cuidados são básicos:
Não receber nas propriedades e, especialmente nas granjas, pessoas não vinculadas ao sistema produtivo. A recomendação é redobrada para pessoas provenientes do exterior, estrangeiros ou brasileiros.
Sempre lave as mãos e troque roupas e sapatos antes de acessar as granjas.
Desinfete todos os veículos que acessem a propriedade! Os veículos, sejam de passeio ou de transporte, podem ser vetores da doença.
Se viajar para o exterior, ao voltar, lave todas as roupas e sapatos.
Evite o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres.
Evite contato com aves silvestres de qualquer origem.
A ABPA disponibilizou vídeo, cartaz e cards para Whatsapp neste link.
https://drive.google.com/drive/folders/12bn1ZVGlKGQs-fwJ59inFOSmGOVVBuZi?usp=sharing
Por favor, distribuam para todos os produtores, pontos de encontro dos núcleos de produção (como sindicatos rurais, rádios locais, prefeituras e secretarias), e toda a rede de contatos de sua empresa/entidade.
PARA QUE TODOS SAIBAM, A ABPA está atuando em diversas frentes:
O Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (GEPIA) segue ativo, em articulação com stakeholders nacionais e internacionais, revisão de estratégias e produção de ações de prevenção;
A ABPA está em contato direto do Governo Federal em diversas frentes - com o Ministro Marcos Montes, com quem estive pessoalmente reunido esta semana, o Secretário de Defesa Agropecuária José Guilherme Leal e demais membros das áreas técnica e de comunicação – para alinhar estratégias e prestar todo o suporte necessário, no âmbito privado;
A ABPA está integrada, juntamente com todas as entidades da avicultura da América Latina, em um grande comitê cujo objetivo é harmonizar conhecimento e alinhar estratégias de âmbito continental, com intercâmbio de expertise e informações;
O momento é de extrema atenção e exige o engajamento de TODOS. Nenhuma empresa, seja produtora de proteínas ou fornecedora do setor, pode se abster. Contamos com a sua total adesão na divulgação da campanha e no respeito às recomendações de biosseguridade.
No site do MAPA(https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/notificacao-de-doencas ) são disponibilizadas informações sobre os critérios para notificação de doenças em aves bem como procedimentos para notificação ao Serviço Veterinário Oficial de qualquer caso suspeito.
Lembramos que o status sanitário privilegiado do Brasil depende da responsabilidade compartilhada por todos.
RICARDO SANTIN - Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
Comments