O presidente do Sistema FAEMG/Senar - Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais, disse, na COP28, em Dubai, que a agricultura e a pecuária são “mal entendidas” e que é preciso mudar essa ideia.
“Vale resaltar a importância, cada vez mais firme, da presença do setor privado brasileiro e, principalmente, do setor da agricultura e da pecuária. Setores, muitas vezes, mal entendidos pela sociedade mundial como um todo. Exatamente porque nos apresentamos pouco, não dizemos bem o que fazemos e como fazemos. No caso do Brasil, mais especificamente em Minas Gerais, a agricultura mineira e a pecuária mineira têm demonstrado que são altamente sustentáveis”, explica.
A agropecuária é o segundo setor que mais emite gases de efeito estufa no Brasil, representando 27% do total de emissões. Em 2020, por exemplo, quase 70% dessas emissões tiveram origem na pecuária. O processo de digestão dos bovinos gera emissão de metano por arrotos e flatulências. Uma das formas de controle é a dieta animal.
De acordo com Antônio de Salvo, Minas Gerais tem situação exemplar em termos de sustentabilidade na pecuária e na agricultura.
“Minas Gerais é o estado que tem o maior percentual de reserva legal fora dos estados do bioma amazônico quase 35% do estado é preservado, mas muito mais do que isso, temos uma agricultura e uma pecuária muito diversificada, mas muito bem feita, com tecnologia, com sustentabilidade cada vez mais acentuada a presença nossa aqui torna-se fundamental para que isso possa ser bem falado e mais bem mostrado,não só para os brasileiros que aqui estão, mas principalmente para a parte da população do mundo que precisa conhecer melhor o trabalho da agricultura e da pecuária mineira brasileira”, detalha.
Ele avalia que a Conferência para Mudanças Climáticas da ONU é o lugar ideal para expor esse cenário.
“A COP28, mais uma vez, tem sido um bom evento [...] Então basicamente é fundamental a presença para que a gente mostre o quão sustentáveis somos e a enorme importância da pecuária e da agricultura mineira brasileira para garantir uma segurança alimentar. Não só para a nossa população, mas para a população mundial. Somos líderes nesse assunto e precisamos nos posicionar como lideranças. Então, a presença nossa é fundamental”, afirma Antônio de Salvo.
Fonte: Itatiaia
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