O ex-ministro da Agricultura e um dos fundadores da Embrapa, Alysson Paolinelli, indicado ao Prêmio Nobel da Paz nos anos de 2021 e 2022, foi homenageado, na última terça-feira, pelo Comitê Executivo de Indicação do Prêmio Nobel e pelo Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp). A solenidade de homenagem, realizada pela inestimável contribuição de Alysson Paolinelli ao desenvolvimento da agricultura tropical sustentável no Brasil, foi realizada após a reunião de encerramento dos trabalhos do Cosag 2022 e contou, em seguida, com coquetel de confraternização, na sede da Fiesp, em São Paulo.
Na ocasião, o ex-ministro recebeu o “Prêmio Alysson Paolinelli – O maior Brasileiro Vivo”, concedido com apoio da Comissão do Direito Agrário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional) e da Academia Latino-Americana do Agronegócio (Alagro). “Nosso eterno ministro Alysson Paolinelli, nós, mineiros, nos orgulhamos muito de sua trajetória e grande contribuição à agricultura brasileira. Seu conhecimento e dedicação ao agro foram determinantes para colocar o Brasil no ranking mundial da produção de alimentos. Justa e merecida homenagem! Parabéns e forte abraço”, desejou o presidente do Conselho Diretor da Avimig, Antônio Carlos Vasconcelos Costa.
Em seu discurso, discurso os ex-ministro falou sobre as muitas oportunidades de crescimento que tem o Brasil, especialmente no setor de alimentação. “O Brasil está pronto para fazer o futuro chegar novamente. Somos o único país capaz de, em poucos anos, mais do que dobrar a produção de alimentos, sem desmatar uma única árvore. É urgente depositar um novo olhar, reler o papel do agro tropical muito além da sua tradução convencional em avanço do PIB. Temos as respostas rápidas e seguras que o mundo precisa diante dos temas críticos, das mais profundas e complexas crises globais da atualidade: no combate à fome, na redução do preço dos alimentos, via choque de oferta. Já fizemos uma vez. Não é aventura.
Para Alysson Paolinelli, “no enfrentamento da agenda climática, um arsenal tecnológico e a visão, a inclusão social, que transforma desmatadores em agentes do impacto mínimo da produção de alimentos sobre a natureza. Na contenção dos fluxos migratórios forçados, pela geração de renda, emprego e qualidade de vida, em bases sustentáveis, aqui mesmo, na região tropical, de onde ninguém deveria ser forçado a sair, se pudesse viver com dignidade. Essa é a causa dos jovens, os verdadeiros donos do futuro. Com eles, dialogamos pela comunhão de valores. Informação não basta”.
O ex-ministro encerrou o discurso deixando um recado aos jovens: “Hoje, comunicar é negociar, é compartilhar causas com os eventuais adversários que queremos converter em parceiros de jornada. É materializar significados numa linguagem que os formadores de opinião urbana consigam entender. Vamos unir jovens, agricultores, empreendedores e toda a gente que trabalha a favor da racionalidade econômica, para evitar que se jogue fora mais uma oportunidade do Brasil. A classe política não pode mais tergiversar. Uma nação pujante, honesta e realista está nascendo perante o mundo. Jovens, vamos em frente. Esta é a nossa hora.”
Fonte: Avimig
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